SAO PAULO, BRASIL.- O Metrô de São Paulo renova seu modelo de comercialização de espaços destinados à publicidade nas estações e trens das linhas 1, 2 e 3 e decide conceder à iniciativa privada a exploração de um inventário com potencial superior a 40 mil m2 e mais de 15 mil peças, distribuído pelas quatro regiões da maior cidade do País, incluindo os principais corredores econômicos, culturais e sociais, com atendimento a mais de 3,5 milhões de passageiros por dia. A proposta de concessão segue o modelo de exploração adotado por outros grandes metrôs do mundo, como Nova York, Paris, Madri e Barcelona, por exemplo.
Pelo modelo atual, a comercialização é feita por equipe da Gerência de Negócios do Metrô, além de dezenas de empresas credenciadas, de acordo com as condições estabelecidas pelo REMIDIA – Regulamento para Exploração de Mídias em Áreas e Equipamentos de Propriedade da Companhia do Metrô. Pela nova proposta, o Metrô espera melhorar a experiência de viagem dos usuários do sistema, ampliar a taxa de ocupação dos espaços destinados à publicidade, garantir a valorização e modernização do inventário (com painéis digitais e iluminados) e atrair mais anunciantes.
Em 2014, ano de referência para elaboração do edital, o Metrô obteve R$ 28,5 milhões com a comercialização de espaços de publicidade. A taxa média de ocupação foi de 55%. Em 2016, o segmento de publicidade no Metrô foi bastante atingido pela conjuntura econômica e a expectativa é fechar o ano com R$ 26 milhões. O Metrô avalia que o modelo de exploração atual pode ter influência nesse resultado, já que não há opções digitais no inventário e não há compromisso ou obrigatoriedade das empresas cadastradas em veicular campanhas no Metrô. Há também o fato de diversos agentes oferecerem o mesmo produto aos anunciantes, em condições variadas, o que não proporciona uma situação favorável. O Metrô aposta no potencial do seu produto e no momento oportuno para colocar essa oportunidade ao mercado.
Trem do metrô envelopado com anúncio: tarefa de parceiro privado em breve
A proposta de concessão de publicidade, que será detalhada durante a audiência pública em 30 de novembro, prevê 10 anos de exploração pelo concessionário, investimento superior a R$ 20 milhões na modernização do inventário, outorga onerosa e remuneração mínima fixa ou variável ao Metrô, sempre a que for maior. Trata-se do último grande ativo de OOH da cidade de São Paulo, que ganhou ainda mais relevância após a lei Cidade Limpa.
No total, são 52 estações e 142 trens (mais de 850 vagões), distribuídos pelas linhas 1 – Azul, que vai do Jabaquara ao Tucuruvi, 2 – Verde, que liga a estação Vila Madalena à Vila Prudente (passando por toda a Avenida Paulista), e 3 – Vermelha, de Itaquera à Barra Funda. Nas estações e trens, além dos painéis tradicionais, chama a atenção a oportunidade de ativar campanhas com grandes formatos de adesivação, praticamente os únicos da cidade. No caminho dos trilhos, 18 shopping centers, 16 faculdades, 95 hospitais, além de terminais rodoviários, museus, estádios, arena de shows, parques e teatros.
Serviço:
Audiência pública: Máster Concessão de Publicidade do Metrô de São Paulo
Data: 30 de novembro de 2016
Local: Sala São Paulo – Auditório SC – 1º andar (Acesso pela Rua Mauá, 51)
Horário: 14h30
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