CIDADE DO MÉXICO. – A partir deste mês, o Sistema de Registos de Transporte Colectivo (SCTM) registra um aumento gradual no número de usuários em consequência do aumento no preço da gasolina. Espera-se que ao finalizar janeiro, 137.500 novos passageiros usem o serviço, de acordo com a informação fornecida pelo diretor do Metrô, Jorge Gaviño.
“Temos um aumento gradual. Estamos calculando que em um mês tenhamos um aumento proporcional a 2,5 por cento dos usuários diários que temos, isso implica mais de cem mil usuários diários que vamos absorver sem nenhum problema”, indicou.
No fechamento de 2016, o Metrô teve uma afluência de cinco milhões e meio de usuários por dia, mas agora, após o aumento do preço da gasolina serão cinco milhões 637 mil usuários os que utilizam o serviço diariamente.
Diante de um possível aumento no número de usuários, Gaviño informou que haverá melhorias no Sistema de Transporte Coletivo, como a instalação de WiFi em 11 das 12 linhas. Na 12ª, explicou que a rede não seria instalada porque o sistema de pilotagem automática funciona na mesma frequência e poderia haver interferência nas comunicações.
“Apresentaremos nos dias seguintes um ambicioso programa para que o Metrô tenha WiFi. Isso custa muito dinheiro porque estamos trabalhando debaixo da terra, e nesta situação não se transmite os sinais eletromagnéticos”, comentou.
Ainda que este drástico aumento no número de usuários estivesse previsto, há muitos anos se planeja a compra de 45 novos trens, o oferecimento de manutenção aos 45 da Linha 2, a modernização de 105 unidades fora de serviço, a compra de 12 novos comboios para a Linha A e a remodelação total da Linha 1 para padronizá-la a um nível internacional.
Para não afetar aos usuários do Estado do México, são investidos 25 milhões de pesos em um coletor pluvial, o qual levará a água que até agora estancava nas bordas dos Los Reyes e La Paz até o Rio de la Compañía, o que evitará o colapso da Linha A. A isso se soma um investimento de 100 milhões de pesos no nivelamento do CETRAM Pantitlán, que apresentava falhas de até 60 centímetros. O mesmo processo é realizado em 9 estruturas de 5 estações da Linha 2.
“Não é apenas uma ideia, mas sim a necessidade de oferecer mobilidade a uma zona da cidade quando chegue o Trem México-Toluca”, expressou Gaviño.
Assim, se espera que as melhorias reduzam os impactos sobre os passageiros que deixarão de utilizar seus automóveis.
Fabiola Ayala, funcionária do Governo da capital, disse ao La Razón, que o custo diário de usar seu carro do leste ao centro da cidade chega a 93 pesos, o que inclui os gastos de estacionamento (50 pesos diários por 12 horas), o uso de outro transporte (10 pesos) e 33 pesos de gasolina.
“O tempo aproximado de deslocamento no transporte público é de 45 minutos até Zócalo. Gasto 21 pesos em um transporte coletivo que cobra 5.50 pesos e um bilhete de Metrô, são 10.50 pesos, então uma viagem de ida e volta são 21 pesos diários”, adicionou.
Concluiu que se sente insegura no transporte terrestre e, ainda na Linha 2 do Metrô, o número de usuários no horário de pico costumam ser alto, a sensação de segurança é mais alta que nos coletivos.
Fonte: La Razón