Frota da Supervia vai ser modernizada segunda-feira, 9 de abril de 2012
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Até a Copa
de 2014, o número de trens vai passar de 160 para 191, incluindo o
que passou a circular mês passado. Segundo a SuperVia, os
investimentos em toda a rede somam R$ 2,4 bilhões, sendo R$ 1,2
bilhão do governo do estado e a mesma quantia da concessionária. A
previsão é que mais sete composições sejam incorporadas ao sistema
até julho, como parte do pacote.

 

 

 Plataformas terão que ser
adaptadas

Além do novo
trem que está operando, outros três estão em fase de testes e mais
quatro se encontram em processo de montagem. A distância do trem à
plataforma também será reduzida, com a utilização de borrachões em
todos os ramais. O recurso já foi adotado em 18 das 99
estações.

 – A previsão é que, até julho, oito trens novos estejam em
operação. A SuperVia substituirá 49 composições de aço carbono (sem
ar condicionado), os mais antigos da frota. Todas elas serão
devolvidas ao governo do estado – explica o diretor de operações da
empresa, João Gouveia.

O passageiro que tiver a sorte de embarcar no novo trem, com
capacidade para 1.300 pessoas, contará com ambientes refrigerados,
bagageiros em policarbonato, lixeiras em todas as portas e entradas
para portadores de necessidades especiais, com sinais sonoro e
visual. Os painéis de LED informam simultaneamente a próxima
parada, além do aviso sonoro direto da Central de Informações.

O circuito interno de TV transmitirá notícias em tempo real,
para distração dos passageiros, e a suspensão a ar comprimido dará
a impressão que a composição flutua.

Os usuários ainda estão desconfiados quanto à melhoria do
serviço da SuperVia. Para a promotora de vendas Simone Gomes,
oferecer um pouco mais de conforto neste transporte é uma
obrigação, já que todos pagam passagem.

– Dependo desse meio de transporte para me locomover e sei que
muitos também precisam. Um pouco mais de conforto e um serviço mais
eficiente facilitariam a vida de muita gente. A iniciativa de mudar
é muito boa, mas só acredito vendo – diz a promotora de vendas.

De acordo com a concessionária, o novo trem ainda está em
processo de adaptação e circula em operação assistida, das 10h às
16h, quando há pouco movimento nos ramais.

 – Assim, vazio, é até legal, porque dá para ver que é
bastante eficiente. Mas, se não houver manutenção, vai acabar se
transformando em mais uma ruína e continuar gerando transtornos.
Outros trens novos, com ar-condicionado, também foram inaugurados e
já estão todos depredados. Espero apenas que mantenham esse padrão
– afirma o administrador de empresas Leonardo da Silva Aguiar.

 Enquanto a frota não é renovada e ampliada, a realidade do
passageiro que depende do trem é difícil. O que se vê nos trilhos
são trens superlotados e em péssimo estado de conservação. Os
usuários dizem que faltam serviços básicos como higiene, ventilação
e controle de passageiros.

 – A segurança é péssima. Não há ventilação nem
higiene, e a iluminação é precária – conta Jorge de Jesus em meio
ao empurra-empurra na estação de Deodoro.