LA PAZ, BOLÍVIA. – O Presidente Evo Morales anunciou que em março chegará uma delegação da China para analisar o projeto do Corredor Ferroviário Bioceânico Central (CFBC) que pretende unir o oceano Atlântico com o Pacífico, através da Bolívia.
O CFBC é um projeto estratégico que ajudará a união do centro da América do Sul, permitindo que o oeste e o leste se vinculem diretamente, o que levará à redução de custos e tempos de exportação na região e para o exterior.
A Bolívia recebeu apoio do Brasil para a construção deste mega projeto ferroviário após a reunião realizada nesta terça-feira pelo Presidente Evo Morales com a Presidente Dilma Rousseff.
“Entendo a preocupação de outros continentes, de países como a China, que está chegando no próximo mês uma delegação para estudar este tema do trem bioceânico”, afirmou o Presidente em uma conferência à Imprensa no Palácio do Governo, segundo um repórter da Estatal Agência Boliviana de Informação (ABI).
Igual a China, a Alemanha e outros países europeus estão interessados em financiar e construir a linha férrea que se estenderá desde o Porto de Santos, no Atlântico, até o Porto de Ilo, no Pacífico. O custo deste empreendimento está estimado em US$ 10.000 milhões que envolvem a Bolívia, o Brasil e o Peru.
UNASUR. Morales também anunciou que o secretário geral da União das Nações Sul Americanas (Unasur), o colombiano Ernesto Samper, visitará La Paz no dia 18 de fevereiro para conhecer os detalhes do projeto da CFBC.
Este projeto, segundo o governante, também beneficiará o comércio com Argentina, Paraguai e Uruguai, devido à conexão da estrada de ferro com a hidrovia dos rios Paraguai-Paraná. Do dia 23 ao 26 de fevereiro, outra comissão técnica do Brasil visitará a Bolívia para trabalhar no assunto, informou Morales.
Morales defendeu que este projeto terá um custo menor e será mais curto que outro que também analisam por sua conta Peru e Brasil, sem levar em consideração a possível passagem pelo território boliviano.
Do dia 23 ao 26 de fevereiro, uma comissão técnica do Brasil visitará a Bolívia para trabalhar no assunto e para março se espera a visita de uma delegação chinesa com o mesmo propósito, segundo o governante.
FONTE: La Razón