SANTIAGO DO CHILE. – Um caminho longo deverão percorrer os 37 trens que circularão pelas novas linhas 6 e 3 do Metrô de Santiago, e que gradualmente chegarão ao nosso país durante o ano. Esta manhã, dois dos trens desembarcaram no porto de Valparaíso, depois de viajar durante um mês desde Bilbao(Espanha), onde foram fabricados pela CAF.
O Ministro dos transportes e Telecomunicações, Andrés Gómez- Lobo, e o presidente do Metrô de Santiago, Rodrigo Azócar, receberam no porto os novos carros ao lado do Diretor Executivo de CAF Chile, Juan Pablo Schwencke, do Gerente Geral do Terminal Cerros de Valparaiso (TCVAL), Álvaro Espinosa, prefeitos das comunas beneficiadas pelo projeto e outras autoridades.
Nessa oportunidade, Gómez – Lobo enfatizou que “com a recepção do novo material rodante, estamos cumprindo um estágio fundamental do maior projeto de ampliação da rede do Metrô de Santiago. Este é um marco tremendo em nosso desafio de potencializar o uso do transporte público, com sistemas eficientes, seguros e integrados. Sem dúvida, o seu funcionamento significará uma mudança qualitativa para os usuários e para a operação global do sistema”.
“Com a chegada dos primeiros trens para as novas linhas 6 e 3 estamos começando a materializar o projeto mais ambicioso da história do Metrô. Após três anos de trabalho, hoje podemos mostrar como serão os carros novos, com seu equipamento moderno e seu inovador sistema de pilotagem. Será um metrô diferente, com um padrão novo. Fizemos um significativo esforço para colocar a tecnologia a serviço das pessoas”, comentou Rodrigo Azócar, presidente do Metrô de Santiago.
Fabricação e desenho
Na fábrica da CAF, situada em Beasain (Espanha), hoje estão sendo construidos os trens que operarão nas novas linhas (22 trens para a Linha 3 e 15 para a linha 6). O processo começou em novembro de 2014, e em julho de 2015 o terminou a montagem do primeiro comboio, com o que atualmente já conta com 10 unidades prontas, as que já passaram por um primeiro período de provas.
“Estamos seguros que o público chileno se adaptará sem problemas a este avanço tecnológico e que isso colocará o metrô entre o mais avançados do mundo por direção automática de trens”, indicou Juan Pablo Schwenke, diretor executivo da CAF Chile.
São trens de 170 toneladas, quase três metros de largura e rodas de aço, que foram desenhados para oferecer mais conforto aos 1.300 passageiros que poderão ser transportados em seus cinco carros. Estarão equipados com ar condicionado, telas informativas, câmeras de segurança, intercomunicadores, detectores de fumaça e iluminação LED.
Em vez de receber a eletricidade por meio das vias, como acontece atualmente entre outras vias, os novos carros serão alimentados com energia através de catenárias aéreas, o que permite contar com um mecanismo de evacuação frontal, em caso de emergência. Cada trem terá uma porta no primeiro e no ultimo carro, desde onde se deslocará uma rampa em direção ao túnel.
Não obstante, sua diferença principal da frota atual do Metrô será sua automatização e o sistema de pilotagem CBTC (por suas siglas em inglês Communications-Based Train Control) que permitirá que a operação se realize sem condutor. Em todo o caso, a condução manual será permitida graças à uma tela de condução em sua parte frontal.
Novas Linhas 3 e 6
A construção das linhas 6 e 3 é o projeto mais ambicioso realizado pelo Metrô de Santiago. Com sua inauguração em 2017 e 2018, a rede expandirá sua cobertura em 40%, integrará cinco comunas pela primeira vez em seu serviço e beneficiará a 1.6 milhões de santiaguinos.
No total, 37 quilômetros e 28 estações serão adicionadas à rede, utilizando as melhores práticas internacionais e colocando a tecnologia a serviço das pessoas. “Para construir as novas linhas estamos provocando uma intervenção na cidade, a 30 metros abaixo da terra, mas também estamos desenvolvendo sistemas de última geração que nos permitirá contar con novos padrões de qualidade e contribuir para um melhor transporte público para Santiago”, explicou Rodrigo Azócar.
Atualmente, as obras da Linha 6 registam 68.7% de avanço, enquanto que as da linha 3, 49.6%. A fabricação dos novos trens novos, a instalação de portas de plataforma, o desenvolvimento do sistema elétrico e o conjunto das vias e catenárias aéreas são alguns os projetos chaves para o desenvolvimento deste âmbito.
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