MEDELLÍN, COLÔMBIA. – a aparência quadrada dos 42 trens de primeira geração ou MAN, somente poderá ser vista em fotos ou permanecerá nas lembranças dos viajantes. Tudo devido a que esta semana foi instalada a carenagem aerodinâmica do último dos trens da frota com que o Metrô de Medellín iniciou a operação em 1995.
É dessa forma que hoje os 42 trens MAN têm um aspecto frontal arredondado que os torna mais aerodinâmicos, representando assim uma economia energética.
O projeto chamado “adequação aerodinâmica dos trens MAN”, surgiu da necessidade de procurar opções para economizar energia, dado que este recurso representa altos custos para a Empresa. Por essa razão começaram as pesquisas, junto com a Universidade Pontifícia Bolivariana (UPB) e o apoio de Colciencias, sobre o efeito da aerodinâmica no consumo da energia dos trens, concluindo que uma forma efetiva de economizar energia na operação destes veículos era melhorando sua condição aerodinâmica, mudando-lhes a aparência frontal por meio de uma carenagem elaborada com materiais compostos.
A pesquisa utilizou simulações de Dinâmica de Fluidos Computacionais (CFD), uma técnica nova em nosso meio, o que facilitou o estudo do estado atual da aerodinâmica dos trens para entender onde estavam os principais pontos a serem melhorados, em menos tempo e por um custo menor. Logo, através da mesma ferramenta, foram testadas diferentes configurações de testeiras frontais para atingir esse objetivo. Depois de vários modelos se chegou à forma atual.
A parte da frente ou testeira frontal quadrada com que os trens MAN foram fabricados gera maior resistência à velocidade, o que implica um maior gasto energético. Graças a estas novas carenagens ou máscaras frontais arredondadas há uma menor resistência dos trens ao vento e eles precisam de menos energia para seu deslocamento.
Além da modificação da cabine externa do trem, o painel do motorista foi adequado para torná-lo mais ergonómico e moderno.
O investimento no projeto foi de aproximadamente 2 bilhões de pesos. Espera-se que a economia de energia usada na tração dos trens chegue a 4%, o que representa a economia de 300 milhões de pesos por ano.