A PROMOTORIA PEDE PENAS SUPERIORES A 10 ANOS PARA ACUSADOS POR ATENTADOS NO METRÔ DE SANTIAGO E CENTRO COMERCIAL SUBCENTRO OCORRIDOS EM 2014. domingo, 21 de agosto de 2016
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SANTIAGO DO CHILE. – A quase dois anos desde sua detenção, a Promotoria Metropolitana Sul apresentou acusação.  Os três acusados na investigação pelos ataques explosivos nas estações do Metrô e Estação Polícias dos Carabineiros, ocorridos entre julho e setembro de 2014, enfrentam acusações por crimes de caráter terrorista e penas que vão desde 10 anos de prisão.

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Juan Flores, que é o principal acusado no caso, registra a lista mais longa: atentado terrorista a meio de transporte público em serviço, lesões graves (6), instalação de artefato explosivo terrorista (2), lesões graves de caráter terrorista (10), lesões menos graves de caráter terrorista (10) e posse e propriedade de explosivos, sancionada na Lei 17.798, sobre o Controle de Armas.

 

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Isso porque, de acordo com acusação do Ministério Público, participou em cada um dos fatos investigados.  Na explosão ocorrida em um carro do Metrô, na estação Los Dominicos, no dia 13 de julho de 2014; nos atentados ao Primeiro Comissariado e na Estação de El Bosque em 11 de agosto do mesmo ano e; um mês depois, em 8 de setembro, na explosão do Centro Comercial Subcentro da estação Escuela Militar, onde aproximadamente vinte pessoas ficaram feridas com lesões de diversas gravidades.

 

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Pela primeira vem, o trem subterrâneo foi objeto de um ataque explosivo em um horário com alto fluxo de público. O dispositivo foi detonado em torno das 14:05 horas. Em Los Dominicos foi próximo ao encerramento do serviços, às 23:00 horas.

Exatamente dez dias depois, em meio à celebração das Festas Pátrias, Flores e sua companheira, Nataly Casanova, foram presos em seu domicílio, no bairro “Los Poetas”, em La Pintana.  No lugar, os policiais apreenderam pólvora negra.

O chefe regional sul, Raúl Guzmán, o promotor exclusivo Claudio Orellana pediram, na acusação, prisão perpétua para o acusado.  Ou seja, que apenas após 20 anos de prisão pode obter benefícios.

Para a mulher, uma pena de 20 anos por praticamente os mesmos crimes atribuídos a Flores.  Atentado terrorista ao meio de transporte público em serviço, crimes de lesões graves (6), posicionamento de artefato explosivo terrorista posse e propriedade de explosivos.  Ela é excluída somente do ataque ao Primeiro Comissariado.

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Acusados 

Ambos permanecem em prisão preventiva desde sua detenção, mas a investigação segue em andamento.  Havia indícios de outros possíveis envolvidos, o que o promotor Guzmán definiu como uma “célula compacta, hermética e autônoma”.

Passaram-se quase seis meses quando apareceu um terceiro acusado.  Enrique Guzmán, que foi acusado por colocar artefato explosivo terrorista, em relação com o atentado ao Primeiro Comissariado.

Quando a causa foi formalizada, os investigadores tinham registros audiovisuais que mostravam a Flores nas estações de Metrô atacadas; o trajeto da seu cartão Bip!, além da pólvora encontrada na casa que compartilhava com Casanova, entre outros elementos.

Guzmán afirma que ” foi realizada uma investigação complexa (…) foi necessário reconstruir a história para determinar quem foram os participantes”.

Ontem, os promotores detalharam toda as provas que esperam apresentar no julgamento para provar as denúncias contra os acusados.  Esta inclui mais de 150 testemunhas, aproximadamente 70 peritos e uma série de evidências, por volta de 800 itens, referente à documentação, relatórios policiais e registros audiovisuais, entre outros.

“Esta apresentação, disse o investigador, é um marco neste processo.  Estamos entrando em uma segunda etapa de julgamento oral, onde esperamos obter uma sentença que seja de acordo com o requerido”, e a gravidade dos fatos.

O caso foi encerrado em 8 de agosto passado, mas o defensor público Juan Pablo Gómez, que disse ontem que a acusação ainda não havia sido notificada, está pedindo a reabertura, porque “foi entregue à essa parte material digital e audiovisual, cuja extensão ou capacidade, correspondem a 1.45 TERAs de informação”.  O tribunal determinou para o próximo 25 de agosto a audiência para discutir a reabertura da investigação.