PORTO, PORTUGAL.- Os concursos para a expansão da rede do Metro do Porto estão na reta final. A partir de hoje, os concorrentes passam a dispor de 90 dias para preparar e apresentar as suas propostas para as empreitadas. As obras da Linha Rosa e da Linha Amarela representam um investimento total de 307 milhões de euros, estando previsto o seu arranque nos próximos meses.
Com a aprovação pelo Conselho de Administração da Metro do Porto, SA, dos relatórios dos júris dos concursos, para a fase de pré-qualificação, os concorrentes vão ser convidados a apresentar propostas para a execução da Linha Circular (Linha Rosa), Aliados/Praça da Liberdade – Casa da Música/Boavista, com o Preço Base de 175 milhões de euros, e para a extensão da Linha Amarela desde Santo Ovídio a Vila d’Este – com o Preço Base de 95 milhões de euros. Os consórcios pré-qualificados para os dois procedimentos são os seguintes:
Os concorrentes têm agora 90 dias para submeter as suas propostas, cabendo depois ao júri dos concursos, segundo os critérios de avaliação – qualidade técnica das propostas e preço -, propor a adjudicação das obras.
As empreitadas vão decorrer entre 2020 e 2023 e incluem a construção de seis quilómetros de linha e sete estações. Os estudos relativos e esta expansão do Metro apontam para um cenário de conquista de mais de 10 milhões de novos clientes anuais, com todos os impactos ambientais positivos que daqui decorrem.
A construção da Linha Rosa, entre as estações de S. Bento e da Casa da Música, tem um prazo de execução de 42 meses, sendo o prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este a executar em 34 meses. O investimento global considerado para a expansão é de 307 milhões de euros, valor que inclui as empreitadas objeto dos presentes concursos, bem como os encargos relativos a concepção e projeto, expropriações, fiscalização e instalação dos sistemas de sinalização e apoio à exploração.
Com esta etapa de crescimento, o Metro vai reforçar a ligação aos hospitais, unindo os principais polos do Serviço Nacional de Saúde no centro da Área Metropolitana, passando a chegar ao Hospital de Santo António, ao Hospital Santos Silva e ao Centro Materno-Infantil (o Hospital S. João, o Hospital Pedro Hispano e o IPO são já servidos pela rede atual). Por outro lado, aumenta a cobertura junto de instituições de ensino básico, secundário e superior, naquele que é, por excelência, o meio de transporte preferido dos jovens e dos estudantes. Entre os destinos das novas linhas estão a Escola Soares dos Reis, em Gaia, e a Escola Gomes Teixeira, no Porto. Mas está também parte do Polo Universitário do Campo Alegre, com as Faculdades de Letras, de Arquitetura e de Ciências a menos de 10 minutos a pé da futura Estação da Galiza, na Linha Rosa. Por fim, o Metro vai alcançar zonas de elevada densidade populacional, como é o caso da urbanização de Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.