SANTIAGO, CHILE. – O Ministério de Transportes e Telecomunicações lançou nesta terça-feira a Agenda de Gênero MTT, “uma política que inclui, de forma transversal, um enfoque de equidade e de integração nas medidas, nos planos e projetos incentivados pela pauta”.
Uma delas é a assinatura de um convênio de colaboração com o Ministério da Mulher, o Metrô de Santiago e a Polícia de Investigações (PDI) para capacitar os funcionários da empresa estatal nas políticas de prevenção e gestão frente às situações de assédio sexual que podem acontecer no trem subterrâneo.
“Não apenas como Governo, mas também como sociedade, devemos promover a construção de uma agenda igualitária. Nós, como Ministério, estamos concretizando um compromisso com o país, para que todo o nosso trabalho tenha um elemento de equidade e de inclusão, e agora, estamos tomando medidas para que o Metrô seja um espaço seguro para todas as mulheres”, manifestou a Ministra de Transportes, Gloria Hutt, durante a atividade realizada na estação Baquedano.
Ademais, a secretaria do Estado anunciou a instalação de câmeras nos novos vagões, para reforçar as medidas de segurança.
Também foi lançada a campanha #NoLoDejesPasar (Não deixe acontecer) que estará focada especificamente nas situações que acontecem no transporte público, e que poderá ser visibilizada em 14 estações das Linhas 1, 2, 4, 4A e 5 do Metrô, e através das suas redes sociais.
A iniciativa mostra situações que são exemplos de abuso sexual, com fotos e rostos conhecidos -como atores e comunicadores- que fazem parte da campanha geral do Ministério da Mulher, que aborda a violência contra a mulher.
Além do mais, é criado o número gratuito de emergência 1411, para denunciar situações que possam afetar a segurança dos passageiros. As ligações feitas neste número ativam os protocolos de segurança e de assistência. 1411, número telefónico para denunciar o assédio.
Para a ministra Plá, a assinatura do convenio e o lançamento da campanha “é o começo de um caminho sem volta, um que abre as portas ao respeito e à tolerância zero frente à violência contra as mulheres (…) É nesta linha que alguns dias atrás, o Governo colocou como urgência o projeto que tipifica o delito de assédio sexual na rua, que sanciona o assédio sexual em espaços públicos”.
Por sua vez, o presidente da diretoria do Metrô, Louis de Grange, reforçou que “é importante contar com este convênio, porque através das capacitações para o nosso pessoal, vamos fortalecer a formação, que aponta diretamente em direção à melhoria da prevenção e da assistência aos passageiros afetados por estas ações”.
Fonte: Emol.com