QUITO, EQUADOR. – Hoje, no Centro de Operações e Ponto de Controle de Quitumbe, o Prefeito de Quito, Mauricio Rodas, deu início formal às obras de construção do Metrô da capital, cujas obras em terreno começaram está semana ao sul da cidade.
Esta fase da construção exige um investimento em torno de USD 7.5 milhões e representa uma das mais intensas nas obras iniciais. O movimento de solo (escavações, valas, enchimentos, terraplanagem) e os estudos do topografia são os primeiros trabalhos que serão desenvolvidos, com ajuda de retro escavadoras e Caminhão Basculante para a evacuação de terras.
O primeiro que vai ser observado é o encerramento de obra que serve para que as obras de construção cumpram com as normas de segurança industrial. Requisito fundamental para uma obra de alto impacto como a construção de um metrô.
Neste local serão edificadas as instalações do Centro de Operações e Ponto de Controle do Metrô de Quito, desde onde serão operados todos os sistemas elétricos, eletrônicos, de telecomunicações e de segurança necessários para o funcionamento dos trens. Por isso que este complexo é conhecido como o coração do Metrô.
O Prefeito Mauricio Rodas assegurou que o trabalho terá um efeito multiplicador importante na geração de empregos diretos e indiretos na capital e que, em geral, representará um impulso sem precedentes para dinamizar a economia de Quito e multiplicar as oportunidades.
Após confirmar que os recursos de financiamento estão assegurados, Rodas afirmou que a construção do Metrô de Quito não comprometerá a realização de outras obras importantes para a cidade.
Metrô de Quito, uma solução esperada
Metrô de Quito foi concebido como uma solução estrutural à problemática do transporte público urbano. Transportará a mais de 400 mil pessoas por dia, quase um quinto da população total da cidade. O túnel tem uma extensão de 22 quilômetros e unirá o norte com o sul da cidade de vice-versa em apenas 34 minutos, diminuindo o tempo de locomoção atual por superfície em quase uma hora e meia.
“Estamos muito emocionados com o início das obras. Era um momento muito esperado por todos e estamos satisfeitos que finalmente se torne realidade um sonho compartilhado pela maioria dos habitantes da capital” disse Mauricio Anderson, Gerente Geral do Metrô de Quito.
Anderson reiterou que as obras se executarão utilizando tecnologia moderna, por isso não existe nenhum risco para as construções em superfície. Além disso, recordou que no ano passado se realizou uma radiografia do subsolo do centro histórico, particularmente da Praça Santo Francisco, para identificar a existência de vestígios arqueológicos e permitir um tratamento adequado dos mesmos antes da construção.
Aclarando dúvidas
No final do ano passado, o Metrô de Quito começou uma campanha de socialização informativa nos pontos mais importantes do trabalho das obras do Metrô. Os promotores começaram suas obras em pontos próximos às principais estações do sul e do norte da cidade, para aclarar dúvidas, eliminar mitos e atender às preocupações dos vizinhos.
“Há uma importante necessidade de informação na população, sobre todo entre os vizinhos que vivem em zonas de influência próximas aos pontos de construção do túnel e por isso que desenhamos uma campanha direta de aproximação às pessoas para que elas saibam realmente o que é que vai acontecer durante a construção e sejam minimizadas a relevância das versões e rumores que não possuem relação com a realidade”, comentou Anderson.
A tarefa dos promotores se estenderá até o mês de março de 2016 e se desenvolverá em um tipo de pinça que irá percorrendo os pontos por onde passa o Metrô de Quito desde os extremos da extensão do túnel.
Vizinhos otimistas
As primeiras impressões recolhidas nas zonas de trabalho revelam que há entusiasmo na vizinhança e que as primeiras dívidas tende a desaparecer à medida que a informação se torne mais completa.
“Tenho ouvido rumores que o Metrô vai passar por ali. Sei que é um grande projeto para o transporte de Quito e que é um grande alivio para o trânsito. Agora estão realizando um estudo de como está a terra, mas não tem me causado problemas e apesar disso sei que vale a pena, e se é para o progresso da cidade não tenho problema”, comenta Erick Martínez, proprietário de uma casa de material de construção há 15 anos na Avenida Rumichaca.