SANTIAGO DO CHILE. – Onze anos passaram desde a última inauguração da linha do Metrô de Santiago: foi no dia 3 de março de 2006, quando o então presidente Ricardo Lagos cortou a faixa da Linha 4, que liga Providencia a Puente Alto. Desde então, houve apenas extensões, como a Linha 1 de Escuela Militar para Los Dominicos e a 5 do Centro até Maipú.
Esta “seca” terminará em setembro, quando a empresa coloque em marcha a nova Linha 6, que adicionará 15 quilometros adicionais e duas novas comunas (Cerrillos e Pedro Aguirre Cerda) a seu serviço. Este prazo de entrega permite definir uma inauguração que até agora havia sido prometida pelo Metrô para o último trimestre deste ano.
Desta forma se despreende de uma licitação lançada pela empresa e que define as cerimônias de 1 a 4 de setembro. O documento propõe uma viagem inaugural da Presidente Michelle Bachelet entre as estações Los Leones e Cerrillos, e um coquetel para 500 convidados.
Fontes do governo confirmam que a idéia é inaugurar em setembro. Também é possível que a entrega seja realizada depois das Festas Pátrias (18 de setembro)
A fase de teste começou esse mês, sem passageiros, para testar o desempenho dos trens.
Uma linha com mudanças
A linha 6 foi lançada em dezembro de 2009, durante o primeiro governo de Bachelet. A construção começou em 2011, com mudanças como o eliminação de uma estação em Eliodoro Yáñez com Pedro de Valdivia e a mudança da estação terminal de Tobalaba para Los Leones. Logo, em 2012, o projeto foi modificado mais uma vez, houve uma mudança de 60 metros para o sul, até Carlos Valdovinos. Por US$ 6 milhões, as estações Club Hípico e Maestranza foram substituídas por Pedro Aguirre Cerda e Lo Valledor.
Batizada como “Expresso Sul” ao ser anuncada no Palácio de La Moneda, a Linha 6 conectará Providencia e Cerrillos em apenas 19 minutos. Possui 10 estações, nos bairros tradicionais como Estadio Nacional, Feria Lo Valledor, Persa Biobio, a zona comercial de Providencia e as vizinhas do Club Hípico.
Além do mais, oferecerá novas alternativas de conexão com a atual rede do Metrô. O diretor de Transorte Público Metropolitano, Guillermo Muñoz, determina que a Linha 6 oferecerá um vínculo direto ao setor leste as passageiros que cheguem do sul l no trem a Nos, através das estações Franklin (Linha 2) e Ñuble (Línha 5). “Haverá um realocamento das viagens que gerará um alívio na Linha 1”, adiciona.
Além disso, a obra, que transportará a 100 mil passageiros diariamente, introduzirá novas tecnologias, como trens com pilotados automaticamente, sem condutores. As plataformas terão as portas que evitarão acidentes e paradas decorrentes de pessoas que caiam na via férrea.
O gerente de implementação das linhas automáticas do metrô, Rodrigo Terrazas, diz que para ensinar os usuários a utilizar as linhas e comprender essas mudanças, uma campanha de vários meses foi implementada. De fato, a Linha 6 foi exibida no recente dia do Patrimônio. “Contamos as características das linhas, mostramos às comunidades seu funcionamento”, detalha.
Outras mudançassão as portas automáticas que substituirão as catracas, os sistemas de informação por telas, tanto nas estações como dentro dos trens e a eletrificação aérea dos comboios. Desse forma, um trem com capacidade para até 1.400 passageiros poderá ser evacuado em 10 minutos pelas vias férreas. Para isso, os trens terão escotilhas dianteiras.
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FONTE: El Mercurio