Mais de 300 mil pessoas serão beneficiadas diariamente a partir do primeiro semestre de 2016 – Mais de sete mil funcionários trabalham em ritmo acelerado para abrir caminho por 16 quilômetros de rocha, areia, lençóis freáticos e construir as seis estações da Linha 4 do Metrô, que ligará a Barra da Tijuca a Ipanema. O empreendimento vai facilitar a vida de muita gente quando ficar pronto, no primeiro semestre de 2016. Mais de 300 mil pessoas serão transportadas por dia. O investimento de R$ 8,5 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões do Governo do Estado e R$ 1 bilhão da Concessionária Rio Barra, vai retirar das ruas 2 mil veículos por hora/pico.
Os 15 minutos de duração da viagem são o principal atrativo para os usuários. Charlison da Silva, que trabalha como operador no canteiro de obras da Zona Sul e mora na Gardênia Azul, vai economizar pelo menos 1h30 de viagem.
– Vai facilitar muito a minha vida, inclusive nos fins de semana, em momentos de lazer – disse Charlison.
O passageiro que sair da Barra com destino ao centro do Rio, por exemplo, não precisará fazer transferências e pagará tarifa única para todo o percurso.
As intervenções começaram em junho de 2010 e, atualmente, mais de 6,3 mil metros de túneis já foram escavados.
– A população será beneficiada pela obra. O metrô tem enorme capacidade de carregamento e traz efeitos benéficos para o trânsito e ao meio ambiente – explicou o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner.
Diferentes métodos construtivos
Os quilômetros que separam a Barra de Ipanema têm diferentes tipos de solo, sem contar com as rochas e lençóis freáticos. Os métodos de construção foram escolhidos de acordo com a demografia e terreno da região. Em Ipanema, por exemplo, onde há muitos prédios, o consórcio construtor está utilizando o Tunnel Boring Machine.
O Tatuzão, que começou a funcionar em dezembro do ano passado, já escavou e revestiu mais de 250 metros de túnel. A máquina tem na frente uma roda com 11,5 metros de diâmetro, que age cortando e pressionando a rocha, areia ou argila.
Desafio na Barra da Tijuca
Na Barra, o desafio foi encontrar o melhor modo de escavar uma das maiores distâncias entre estações de metrô do mundo dentro de rocha. O método escolhido foi o New Austrian Tunnelling Method. Ele é o mais adequado para a escavação em rocha e consiste em detonações controladas. O trabalho começou em direção a São Conrado, passando debaixo da Pedra da Gávea, onde o maciço rochoso tem cerca de 850 metros acima do túnel com duas vias. O trecho, com cinco quilômetros, faz deste o maior bitúnel entre estações metroviárias do mundo.