A Trensurb registrou a marca histórica de 7.089 quilômetros rodados no índice médio entre falhas dos trens (em inglês, mean kilometers between failures ou MKBF) no ano de 2013, um aumento de 50,7% em relação ao recorde anterior, obtido em 2012. O valor representa a distância média que os trens percorreram sem apresentar problemas que pudessem impedir sua circulação e, consequentemente, o transporte de usuários.
André Rainys, chefe do Setor de Oficina da Trensurb, relata que, a cada ano, o indicador tem apresentado melhora, ou seja, os trens rodam por mais tempo sem apresentar problemas técnicos. Respectivamente, em 2011 e 2012, o índice MKBF medido foi de 3.497 quilômetros e 4.704 quilômetros. “Apostamos fortemente na manutenção preventiva, reforçando e qualificando nossas equipes. Além disso, buscamos uma maior integração preventiva e corretiva, a fim de reduzir o tempo médio de reparo da frota”, explica Rainys.
A Trensurb possui atualmente 25 trens unidades elétricos (TUE’s), série 100, em revezamento na operação – hoje, nos horários de pico, 22 TUE’s circulam no sistema. As composições utilizadas no metrô são revisadas periodicamente pelas prestadoras de serviço Strutural e MPE, de forma integrada aos setores responsáveis da empresa metroviária.
São cerca de 70 profissionais envolvidos no processo de manutenção, entre empregados do metrô e das prestadoras de serviço. Para tanto, a Trensurb conta com duas oficinas e três etapas especializadas para checagem de equipamentos e componentes: a empresa contratada Strutural realiza checagens diárias nos veículos e a manutenção leve – preventiva –; já a pesada – completa –, fica por conta da prestadora de serviço MPE. Caso o trem não apresente problemas excepcionais, entrará em uma dessas duas últimas categorias a partir da quilometragem rodada na via – preventiva a cada 5 mil, 15 mil e 33 mil quilômetros e pesada em intervalos de aproximadamente cinco anos, com uma média de 600 mil quilômetros de operação.
As manutenções leve e pesada contemplam dezenas de atividades previstas nos contratos firmados com as prestadoras de serviço, incluindo mais de mil itens de materiais. Na manutenção leve são realizadas inspeções nos equipamentos e caso seja necessária alguma substituição, o componente ou equipamento inteiro é substituído. Esse item substituído é encaminhado para a oficina de manutenção pesada onde é analisado e, caso possa ser recuperado, é submetido a um processo de manutenção profunda. Após, retorna para fazer parte dos materiais disponíveis à manutenção leve. Dessa forma, o ciclo de manutenção é fechado.