São Leopoldo completa 189 anos de fundação amanhã, 25 de julho. Em 1824, os primeiros imigrantes chegaram à cidade chamada de berço da colonização alemã. Mas a história entre São Leopoldo e os trilhos começa um pouco mais tarde – a primeira estação de trem leopoldense foi inaugurada em 1874 como ponto final da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul.
Em 1997, o trem voltou à cidade, com a abertura da Estação Unisinos da Trensurb. Em 2000, foi inaugurada a Estação São Leopoldo e, em 2012, a Estação Rio dos Sinos – concluindo o trecho da Linha 1 que abrange o município.
Porta de entrada para a educação
O município leopoldense é um grande polo educacional e a primeira das estações da cidade, a Unisinos, é o principal acesso à Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Segundo dados da prefeitura de São Leopoldo, a cidade destaca-se como o quarto município da Região Metropolitana de Porto Alegre que mais recebe pessoas de outros municípios para trabalhar ou estudar – 24% delas vêm de Sapucaia do Sul.
Isso se reflete no número de usuários que acessam o metrô pela Estação Unisinos: somente em 2012, ela recebeu mais de 1,7 milhão de pessoas. Em 2013, até o fim do mês de junho, já foram 850 mil usuários e uma média de 5,7 mil pessoas por dia.
A estação possui, também, um centro comercial com 12 estabelecimentos – que pode ser acessado livremente. Entre eles estão dois bazares, uma escola profissionalizante, uma farmácia, um comércio de eletrônicos, uma lan house, uma lancheria, duas lojas de conveniências, uma lotérica, um restaurante e até um salão de beleza. Na área livre da estação há, ainda, um comércio de pipocas.
Uma estação conectada com a história
No Centro de São Leopoldo, passado e futuro conectam-se através de dois lugares: a Estação São Leopoldo da Trensurb e o Museu do Trem. Atualmente anexo à estrutura metroviária, o museu foi construído na antiga estação ferroviária da cidade e mantém viva a história do trem no estado.
A Estação São Leopoldo é a sétima mais movimentada do sistema – em 2012, ela recebeu mais de três milhões de usuários, com uma média de pouco mais de 10 mil pessoas por dia. Neste ano, até o final do mês de junho, foram mais de 1,5 milhão de acessos na São Leopoldo.
O assistente operacional Leandro Luz, que trabalha há 8 meses na estação e há 5 anos na empresa, mostra satisfação em trabalhar em São Leopoldo, tanto que escolheu a cidade para morar: “É uma ótima cidade, uma ótima estação, com ótimos colegas. O clima acaba te contaminando”.
A estação, além de ser uma das últimas a ser construída, acaba de receber manutenção predial preventiva – incluindo telhado, sistemas elétricos e sanitários.
Susana Abreu, que mora em Esteio e é estagiária de administração no Serviço Municipal de Agua e Esgotos (Semae) de São Leopoldo não imagina seus dias de trabalho sem a estação e o serviço do metrô. “A estação fica muito bem localizada, perto de tudo”, destaca.
Do outro lado do Rio dos Sinos
Em 2012, um trem da Trensurb cruzou o Rio dos Sinos carregando usuários pela primeira vez. E a primeira parada no sentido norte da expansão carrega o nome do curso de água: é a Estação Rio dos Sinos, inaugurada no dia 2 de julho – mês de aniversário da cidade -, junto à Estação Santo Afonso (em Novo Hamburgo).
A estação Rio dos Sinos é a que tem o movimento mais “tranquilo” do sistema metroviário. Desde o início da operação experimental, em maio do ano passado, até o final do mês de junho de 2013, ela foi utilizada por mais de 550 mil pessoas. Três delas são Rosângela Fraga, sua filha Ellisângela e sua neta Emily, que chegavam juntas à estação para ir de trem ao médico. Rosângela conta que a estação facilitou muito sua locomoção e que hoje ela usa o metrô quase todos os dias – os destinos geralmente são Porto Alegre, Canoas ou Sapucaia. “O trem é muito melhor, mais econômico. Para nós que moramos a umas quatro quadras da estação, foi uma maravilha”, conta.
A estação conta com quatro escadas rolantes, bicicletário e 12 espaços comerciais disponíveis. A Estação Rio dos Sinos ainda é totalmente acessível: são dois elevadores e dois banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, além do piso tátil.
O conceito arquitetônico segue o princípio da eficiência energética: seja no tipo de luminárias, no dispositivo de economia nas escadas rolantes, instalações em tons claros (como o piso) e o aproveitamento da luz solar, tudo foi pensado para a redução do consumo de energia elétrica.
São Leopoldo em instantes
Na semana de aniversário de São Leopoldo, o projeto de intervenção urbana Em Instantes – que a Trensurb atualmente recebe em suas estações – está homenageando a cidade. A décima-sexta foto do projeto de Leandro Selister mostra a ponte 25 de Julho.
O projeto, que se iniciou em abril, consiste na utilização de QR Codes (códigos de barras em duas dimensões que podem conter qualquer tipo de informação), impressos em adesivos afixados semanalmente nas estações do metrô.
Através deles é possível visualizar uma das 25 imagens a cada semana, flagrantes fotográficos que o artista está fazendo durante o período de seis meses. Os flagrantes são registrados nas seis cidades que fazem parte do percurso diário de milhares de usuários. A Trensurb recebe o projeto até o mês de setembro.
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