A maior parte do dinheiro, R$ 922 milhões, será utilizada na
construção do prolongamento da linha 2-verde, que, no formato de
monotrilho (trem que circula sobre um elevado), deverá chegar em
2016 a Cidade Tiradentes, extremo leste da capital.
O prolongamento irá ligar a Vila Prudente ao Hospital Cidade
Tiradentes, terá 24,5 km de extensão e 17 estações.
O empreendimento total deve custar R$ 4,9 bilhões. O primeiro
trecho do prolongamento, entre Vila Prudente e Oratório, de 2,9 km,
com duas estações, está em obras e deve ficar pronto em 2013.
O segundo trecho, de Oratório a São Mateus, com 10,1 km e oito
estações, deverá entrar em operação em 2014, último ano da atual
gestão de Alckmin –ele poderá disputar a reeleição.
A uma altura que varia de 12 a 15 metros, o monotrilho irá avançar
sobre avenidas como Luiz Inácio de Anhaia Mello, Sapopemba,
Metalúrgicos e Estrada do Iguatemi.
A velocidade máxima será de 80 km/h, semelhante ao metrô
convencional. A estimativa do governo é que o trajeto entre Cidade
Tiradentes e Vila Prudente, hoje feito em pouco mais de duas horas,
seja percorrido em 50 minutos.
Não é a primeira vez que o BNDES financia parcialmente obras de
expansão da linha 2-verde do metrô: o banco já havia emprestado
dinheiro para a extensão entre as estações Ana Rosa e Alto do
Ipiranga (R$ 313 milhões) e entre Alto do Ipiranga e Vila Prudente
(R$ 1,58 bilhão).
CPTM
Outros R$ 550 milhões do contrato de empréstimo que será firmado
hoje com o BNDES irá para a modernização de estações da linha
8-diamante, da CPTM, que liga a estação Júlio Prestes, na região
central da capital, a Itapevi (Grande São Paulo) cruzando cidades
como Osasco, Carapicuíba e Barueri.
Seis estações (General Miguel Costa, Jardim Belval, Jardim
Silveira, Quitaúna, Sagrado Coração, Santa Terezinha) serão
modernizadas e outras cinco passarão por reconstrução (Lapa,
Comandante Sampaio, Domingos de Moraes, Imperatriz Leopoldina e
Antônio João).
As obras incluem a implantação de plataformas cobertas,
passarelas de pedestre, sanitários, escadas rolantes e itens de
acessibilidade, como piso tátil e comunicação em braile. Além do
dinheiro do BNDES, o Estado investirá outros R$ 94,3 milhões na
modernização das estações.